sábado, 21 de novembro de 2009

A Copa de 2014 no Brasil*

A decisão da FIFA de escolher o Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014 gerou muita polêmica entre os brasileiros. Alguns acham que a decisão fará bem ao Brasil, atraindo investimentos estrangeiros; outros acham que isso é uma irresponsabilidade. Qual é a verdade nessa história?

Na Copa de 1950 o Brasil não teve muito tempo para organizá-la e, no final, tudo deu certo, apesar de nossa seleção ter perdido a final para o Uruguai por 2 a 1 em pleno Maraca (no inesquecível Maracanaço). Nessa época o Brasil vivia instável politicamente, com sequências de tentativas de golpes políticos.

Comparando essa época com a nossa, percebemos claramente que vivemos numa época muito melhor, politicamente e economicamente falando. Além disso, temos quatro anos para organizar a Copa, tempo suficiente para ser feito um bom trabalho e quatro vezes maior do que em 1950.

Uma copa no Brasil terá aspectos "negativos" e positivos. Entre os aspectos mais citados como "negativos" podemos citar os altos gastos com a recuperação de estradas e estádios. A recuperação de estradas é um fator positivo, já que as estradas brasileiras há tempos estão precisando de investimentos para a sua recuperação. Já o gasto na recuperação dos estádios pode ser recompensado com a entrada de capitais de investimentos externos e de turistas.

Além disso, as obras para a recuperação de estádios e estradas gerarão muitos empregos no Brasil, que melhorarão a condição de vida de muitas pessoas. Há também os investimentos em segurança e saúde que, se bem aproveitados, podem durar depois da Copa e proporcionar melhores condições de vida para toda a população, deixando um legado importantíssimo.

Trata-se de uma questão de competência: se bem aproveitada, essa oportunidade trará inúmeros benefícios para o Brasil; mas se nossos políticos ficarem preocupados com as verbas envolvidas e se esquecerem da Copa, ela será um fracasso total e perderemos dinheiro e imagem. Aí que entra nosso papel de fiscalizar e cobrar os políticos por ações que beneficiem o país como um todo.

* Texto escrito para este blogue e publicado no site Campeões do Futebol.

sábado, 14 de novembro de 2009

O prejuízo causado pelas sacolas plásticas

As sacolas surgiram no final da década de 1950. Depois de mais de meio século de uso, passaram a ser motivos de discussões e preocupações no mundo todo. As razões não são poucas: O tempo que uma sacola leva para se decompor é muito grande, e no período que ela fica na natureza pode causar muitos transtornos, poluindo rios, prejudicando espécies, entre outros.

Vamos aos números: Um saco plástico leva 300 anos para se decompor no meio ambiente, ou seja, o primeiro saco plástico fabricado, se foi jogado na natureza, ainda não se decompôs. No mundo todo são produzidos 500 bilhões de unidades anualmente. É o mesmo que dizer que são produzidas 1,4 bilhão de sacolas por dia ou 1 milhão por minuto. Somente no Brasil 1 bilhão de sacolas são distribuídas por mês nos supermercados. É como se cada brasileiro recebesse 66 sacolas por mês. 18% do lixo produzido no estado de São Paulo são sacolas de plástico, sendo que apenas 1% é reciclado.

A sacola no meio ambiente pode trazer graves problemas para as espécies vivas, rios, lagos, florestas e mares. Quando jogado no mar ou em um rio, por exemplo, pode acabar sendo ingeridas por animais que as confudem com alimentos, e acabam morrendo engasgados. Quando empregada para colocar lixo, dificulta a decomposição destes, o que causa acúmulo de lixo nos lixões e aterros sanitários, tornando-os mais impermeáveis e instáveis. Além disso, vale lembrar que as sacolas são fabricadas a partir de um produto (polietileno) feito à base de combustíveis fósseis, o que ocasiona poluição do ar e contribui com o aquecimento global.

Há vários projetos para redução do uso de sacolas na sociedade. Em San Francisco (Califórnia), por exemplo, foi proibida a utilização de sacolas em supermercados e farmácias. Em vários países europeus a distribuição gratuíta de sacolas é dificultada ou até proibida pelos respectivos governos. Na Irlanda, por exemplo, há um imposto sobre cada sacolinha, que é revertido para projetos ambientais, o que reduziu em 90% o uso delas.

No Brasil, ainda não há legislação específica sobre o assunto. Uma das iniciativas no país foi idealizada pela empresa RES Brasil. Trata-se da sacola Oxi-biodegradável, feita com plástico com aditivo catalizador, possui um ciclo de vida no ambiente de 18 meses, segundo a empresa. O aditivo quebra as moléculas do plástico em moléculas menores, facilitando a ação de microorganismos, segundo Cláudio José Jorge, um dos fundadores da ONG Funverde. Mas o produto é questionado por algumas pessoas, como Francisco de Assis Esmeraldo, presidente da Plastivida Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos, que indaga que fim leva a massa restante.

Sem precisar de novos tipos de sacolas, a sociedade pode ajudar a melhorar essa situação mudando seu comportamento. Se as pessoas passassem a colocar o seu lixo doméstico em sacos especiais (como os chamados sanitos) e outros tipos de embalagens facilmente degradáveis, levassem suas compras em caixas de papelão ou sacolas de papel e pano, enfim, procurassem substituir os sacos plásticos convencionais por embalagens ecologicamente mais corretas, a natureza agradeceria muito.

O que falta para as pessoas é conscientização. Por isso, você que leu essa matéria, pode começar a tomar as atitudes aqui propostas em sua casa, e se tornar um multiplicador, conscientizando o seu vizinho, parente, amigo, etc. Se todos fizerem a sua parte, o nosso planeta se tornará um local muito melhor para se viver.